FONTES DE ENERGIA

geração no brasil

A Geração no Brasil

No Brasil a situação da geração de energia elétrica é um pouco diferente. Nosso país tem área equivalente à da Europa e a dos EUA. Conforme mostra a Figura, o país possui um sistema interligado - SIN - e um sistema isolado e poucas interligações com os países vizinhos. Isto requer um sistema de transmissão complexo e usinas hidrelétricas distribuídas.

De acordo com a Aneel, existem atualmente 1.728 empreendimentos de geração de energia elétrica em operação no país, totalizando uma potência instalada de 101.520 MW.

O gráfico anexo apresenta a quantidade dos tipos existentes de geração (Legendas). Observa-se que as termelétricas são as usinas mais numerosas no país. No entanto, como a potência instalada das hidrelétricas é normalmente muito maior do que a das termelétricas, a predominância, em termos de potência, é das hidrelétricas.

Além disso, segundo a Aneel, existem cerca 137 empreendimentos em construção(7643 MW) e 468 parados(26.981 MW) que totalizam 34.624 MW e 605 usinas adicionais.

Este crescimento, que representa 33% na capacidade instalada e 45% no número de usinas, pode  ou não ocorrer devido a questões regulatórias e econômicas.

Esta Figura mostra que as PCHs dominam atualmente o número de usinas novas em construção e são seguidas pelas térmicas. Porém, quando classificadas por potência, as hidrelétricas passam a dominar seguidas das térmicas. No entanto, as usinas em construção representam apenas 12,5% do número de novos empreendimentos.

Esta outra Figura mostra a quantidade de usinas novas outorgadas mas sem construção iniciada. Observa-se que que as PCHs e as térmicas são as mais numerosas e as hidrelétricas as com menor número. Quando classificamos por potência, as térmicas dominam seguidas das eólicas e hidrelétricas. Isto significa que todos os tipos de geração encontram dificuldades em passar da fase de outorga para a fase de construção.

Esses números mostram que a expansão da geração de energia elétrica no país é um assunto extremamente complexo, ainda não solucionado e preocupante.

Em termos de capacidade instalada, a matriz da geração de energia elétrica no Brasil é dominada pelas hidrelétricas, seguida pelas térmicas a gás, óleo e biomassa, conforme mostra a Figura. Tendo em vista que o Brasil é o maior produtor mundial de açúcar, o bagaço de cana é importante combustível de biomassa no Brasil.

A próxima Figura apresenta a evolução da matriz energética brasileira. Observa-se que a velocidade da expansão das fontes de energia mudou. O crescimento da potência instalada foi predominantemente hidrelétrica entre a década de 70 e a década de 90. A partir do final da década de 90, a velocidade da expansão térmica superou a da hidrelétrica.

De acordo com o ONS, as seguintes usinas encontram-se em construção e representam um acréscimo de 3.324 MW entre 2007 e 2011. Observa-se o predomínio de hidrelétricas mas o crescimento é insuficiente para atender às necessidades até 2011.

Esta Figura apresenta as usinas que ainda não iniciaram as obras e representam 1016 MW. Neste caso, o predomínio também é das hidrelétricas e este atraso representa um futuro risco de déficit.

As usinas termelétricas dominaram  o primeiro leilão de energia nova realizado em 16/12/2005 que contratou 3.000 MW no total. As usinas deverão iniciar a operação comercial em 2008, 2009 e 2010.

O segundo leilão de energia nova, realizado em 29/06/2006, contratou 1028 MW de hidrelétricas e 654 MW de térmicas. Estas usinas contratadas no leilão de A-3 deverão iniciar a operação comercial em janeiro de 2009.

O terceiro leilão de energia nova, realizado em 10/10/2006, contratou 569 MW de hidrelétricas e 535 de térmicas. No entanto, estas usinas foram contratadas no leilão A-5 e deverão entrar em operação em janeiro de 2011.

Em junho de 2007 foi realizado o primeiro leilão exclusivo de fontes alternativas  totalizando apenas 638 MW que deverão operar a partir de janeiro de 2010. Mesmo assim, os empreendimentos vencedores foram apenas de biomassa e de pequenas centrais hidrelétricas.

O quarto leilão de energia nova, realizado em 26/7/2007, foi totalmente dominado por térmicas a óleo combustível totalizando mais 1782 MW para janeiro de 2010.

O quinto leilão de energia nova, realizado em outubro de 2007, também foi totalmente dominado por termelétricas.

O último plano de expansão publicado pela EPE em Maio de 2007 mostra que a participação da energia hidrelétrica deverá diminuir no futuro mas o crescimento de geração nos próximos 10 anos deve ser da ordem de 4500 MW.