FONTES DE ENERGIA

 

Nuclear

A Figura em anexo mostra os maiores geradores de energia elétrica a partir da energia nuclear. Observa-se que os quatro maiores produtores – EUA, França, Japão e Alemanha – são responsáveis por 64% da energia nuclear no mundo e o HHIm é de 37%. Estes elevados índices de concentração são decorrentes do controle da tecnologia nuclear motivado pelo perigo do desenvolvimento de armas nucleares.

Esta Figura apresenta a participação da energia nuclear na matriz energética dos maiores produtos de eletricidade a partir da fissão nuclear. Observa-se que a participação da energia nuclear é inferior a 50% em todos eles, com exceção da França.

A França fez uma opção histórica em favor da energia nuclear e, atualmente, esta fonte de energia é responsável por quase 80% da sua energia elétrica gerada. Por outro lado, países que aprovaram em plebiscito a redução da energia nuclear nas décadas de 80 e 90, tais como a Alemanha e a Suécia, continuam extremamente dependentes desta fonte.

Na verdade, a posição européia com relação à energia nuclear é extremamente ambígua. Ao mesmo tempo que alguns países decidem desativar usinas nucleares, eles importam eletricidade de países vizinhos que a utilizam. O acidente de Chernobyl mostrou que esta é uma política de tapar o sol com a peneira porque, qualquer acidente nuclear em qualquer país da Europa afetará todos os outros. O artigo anexo mostra que a Alemanha, mesmo com a forte influência do Partido Verde, está revendo suas posições sobre a energia nuclear e às fontes alternativas. Contudo, o financiamento para o programa nuclear brasileiro, que teria Angra III como seu próximo projeto, foi cancelado pelo governo Alemão.

A próxima Figura mostra o fator de carga da geração nuclear dos maiores utilizadores desta fonte de energia. Observa-se que a maioria utiliza a energia atômica com elevado fator de carga. Isto significa que esta fonte de energia opera na base e que outras fontes são normalmente escolhidas para operar na ponta. As exceções são a França, o Japão e a Rússia. A explicação para o caso da França é óbvia. Quando a participação de uma determinada fonte de energia aumenta na matriz energética seu fator de carga necessariamente diminui. A razão para isso é a própria característica da carga que apresenta um fator de utilização inferior a 100%.

A Tabela abaixo apresenta as reservas mundiais de urânio de acordo com as Indústrias Nucleares do Brasil - INB. Observa-se que o Brasil possui a sexta maior reserva do mundo com cerca de 7% da reserva mundial e que as reservas possuem um índice de concentração de 59% e um índice de HHIm de 38%.

País Reservas(tU)
Cazaquistão 957000
Austrália 910000
África do Sul 369000
EUA 355000
Canadá 332000
Brasil 309000
Namíbia 287000
Total 4416000

No entanto, o Brasil não figura entre os maiores produtores de urânio conforme mostra a Tabela abaixo.

País Produção (tU)
Canadá 10922
Austrália 4910
Nigéria 3714
Namíbia 2780

A Figura abaixo apresenta a evolução das reservas de Urânio no Brasil.  Observa-se que cresceram muito nas décadas de 70 a 90, mas mantiveram-se estáveis a partir do ano 2000.

 

 

 

 

 

 

 

 

Finalmente, a figura ao lado mostra o total de usinas existentes no mundo e o total em construção. Observa-se que a maior quantidade de usinas em construção está no Japão e que, apesar de possuir o maior número de usinas em operação, os EUA não estão construindo novas usinas. No entanto, esta situação deve mudar em breve em função da nova legislação energética aprovada nos EUA.

Vídeo

Simulação de Chernobil