
Poluição Atmosférica
Poluição atmosférica pode ser definida como a presença de determinadas substâncias em quantidades suficientes para causar malefícios à saúde e danos à flora e fauna.
Os poluentes podem ser classificados em particulados ou gasosos e classificados em orgânicos e inorgânicos. Por sua vez, os orgânicos podem ser subdivididos em naturais ou sintéticos.
Os poluentes podem ser primários e secundários. Os primários são os emitidos diretamente pela fonte poluidora, por exemplo, o CO2. Os secundários são formados na atmosfera a partir de poluentes primários, por exemplo, o ozônio.
Particulados são sólidos ou líquidos finamente divididos; poeira, fumaça, spray, etc...
Os poluentes gasosos são poluentes no estado gasoso e tem a característica de ocupar todo o espaço disponível até que a concentração atinja o estado de equilíbrio por difusão.
Quando o espaço é grande as concentrações são desprezíveis, mas quando o espaço é limitado, as concentrações podem ser elevadas. O exemplo típico desta situação é o escapamento de um automóvel. Seu funcionamento individual em ambientes abertos não é nocivo, mas em ambientes fechados sim.
Isto também pode ocorrer quando a quantidade de fontes emissoras é muito concentrada numa mesma região.
Tendo em vista a grande quantidade de possíveis elementos poluidores, a prática mundial tem sido limitar a emissão e concentração dos seguintes elementos:
-
CO
-
NO2
-
O3
-
SO2
-
PM-10 são particulados com diâmetro inferior a 10 µm.
-
Chumbo
A Tabela em anexo apresenta as concentrações prejudiciais à saúde dos diversos elementos poluidores. Observa-se que as concentrações são volumétricas e médias durante algum tempo. Isto significa que seus efeitos maléficos são restritos a uma determinada região e a um determinado intervalo de tempo.
A tabela abaixo apresenta a matriz dos elementos controlados e as fontes poluidoras. Observa-se que o setor de transportes é o maior responsável pela emissão dos elementos poluidores sendo seguido pelo setor de geração de energia.
Fonte
Particulado
SOx
NOx
CO2
CO
Chumbo
Transporte
21
4
44
33
70
41.5
Estacionário
26
81
52
12
12
6
Indústria
37
15
3
7
7
22
Lixo
4
0
0.5
3
3
31
Diversos
12
0
0.5
8
8
0
Fonte: US Enviromental Protection Agency 1988
Conforme visto no capítulo de combustão, a queima de qualquer combustível produz a emissão dos elementos controlados em maior ou menor quantidade. No entanto, o CO2 é emitido mesmo na combustão perfeita de qualquer combustível fóssil. Portanto, a sua emissão é um índice de avaliação global sobre a questão da poluição atmosférica. Além disso, as emissões de CO2 são importantes por causa de equilíbrio do Efeito Estufa.
A Figura abaixo apresenta os maiores emissores de CO2. Observa-se que os EUA e a China lideram nas emissões absolutas de CO2 e o Brasil encontra-se no 18 lugar.
O índice de Herfindahl para as emissões é de 30%. Isto significa uma elevada concentração na emissão de CO2.
No entanto, os valores absolutos de emissão de CO2 não são adequados para analisar a questão ambiental da geração de energia porque, conforme visto anteriormente, incorporam as emissões dos setores de transportes e industrial.
A Figura abaixo apresenta as emissões de CO2 normalizadas pelo consumo total de energia, pela população e pelo PIB.
Observa-se que os USA, Canadá, Austrália e a Arábia Saudita são os maiores emissores de CO2 por habitante. Por outro lado, EUA, China, Austrália e Polônia apresentam os maiores índices de emissão por energia total consumida.
Por outro lado, o Brasil aparece sempre como um dos países com menor índice de emissão de CO2.
Finalmente, a Figura abaixo apresenta as emissões por eletricidade gerada. Observa-se que França e Brasil são os países que menos emitem por MWh gerado. Isto é resultado do predomínio hidrelétrico no Brasil e nuclear na França.